segunda-feira, 15 de março de 2010

Breves cenas

Olá, esse fim de semana está acontecendo o 2º Festival Breves Cenas de Teatro, uma iniciativa da H Produções, com apoio de lojas locais e do governo. Ontem foi o segundo dia e eu finalmente pude conhecer o interior do Teatro Amazonas, a famosa Ópera de Manaus.

O glamour que é representado mas histórias é real e o teatro é fantástico.

Embora tenha me decepcionado pois achava que era bem maior, visto de fora é enorme, porém o grande salão do teatro é relativamente pequeno, porém fantástico, todas as obras de arte e tudo mais, me senti dentro da própria ópera de Paris (embora nunca tenha visto ela de verdade).

Fiquei num dos andares nas cabines, o problema é que as cabine são totalmente horizontais, e como tinham três pessoas já na beirada eu fui obrigado a assistir as cenas em pé (eu não entendi o porque dessa posição das cadeiras, ficou bem claro para mim que fica muito melhor se você ver da platéia.

Foram cinco cenas e nos entreatros um DJ tocava música eletrônica misturada a música regional (particularmente eu não gostei muito).

Comentando as cenas rapidamente:

Abis/OM do diretor e ator Gerrah Tenfuss do Paraná, uma coisa que eu não gosto muito do teatro é quando ele é monólogo e sem falas, e esse foi assim, eu não entendi a peça e talvez a minha concepção esteja errada, mais a interpretação de algúem se debatendo para descobrir um caminho até um bebê e depois comer o coração do boneco me deixou um tanto absmado, se for ver com relação a interpretação e movimentos corporais foi bem interessante, mais não é o o meu gosto.

Delírios do Cotidiano: Já foi mais a meu favor, o texto englobava pessoas e seus problemas, desde esquecer de dar a descarga como não conseguir encarar a morte ou a traição, um pouco de comédia e drama, os atores estão de parabén embora ainda tenham muito que estudar, a direção foi de Danni Salles e a cena é daqui do Amazonas.

O Funeral: direção e atuação de Joice Aglae do grupo Cia Buffa de Teatro da Bahia, entra naquele esquema de monólogo sem falas, mais esse me manteve preso do inicio ao emocionante final. A atriz vestida com um vestido enorme carregando duas malas faz um número de dança e distribui flores interagindo com a platéia, é engraçado em certos pontos e trágico em outros, depois ela ao tentar se cobrir com um casaco para dormir não consegue manter os pés e braços cobertos, então luta com o casaco até perceber que o havia matado. Saindo chorando desesperadamente do palco, recolhendo as flores e velando o pobre do casaco. Incrível, a melhor cena da noite com certeza, atuação esplêndida, não foi a toa que ela foi aplaudida de pé.

Recriando mitos Tikuna: Pela regional também da Cia. Teatral a Rã Qi Ri, contando histórias da criação do povo Tikuna, linhagem indigna do alto do rio Solimões, muito bem representada e dirigida pela Nereide Santiago. As pessoas vestidas e pintadas como o povo contaram a lenda dos deuses Tikuna e da criação dos povos, fechando com a participação de duas pessoas da platéia ajudando a narrar a história, como sempre nessa forma de contar a história é interessante, mais me deixou um pouco cansado.

Magic Show: do grupo Macloun de São Paulo, uma tentativa de fazer uma comédia stand-up com magia na direção da Luciana Abel Arcuri, engraçado e naquele estilo bem stand-up que o povo gosta e que é divertido, esse tipo de comédia não é a minha favorita mais foi atrativo, e como sempre algumas piadas eram repetidas e tudo mais.

Finalizando a noite teve sorteio de brindes das lojas e o merchã de sempre.

Fora o medo de ser assaltado (outra vez) pois o centro de Manaus a noite é parado e de ter visto a prostituta mostrar os peitos gritando com o cliente dela, e ainda tentar pegar o ônibus para casa na parada errada voltei para a casa satisfeito, embora não tenha sido excepcional como eu esperava foi um bom momento e conhecer o teatro foi algo muito bom, afinal tem gente que vive aqui e nunca foi lá dentro, agora eu posso dizer que eu já fui.

É isso aí pessoal, lá vou eu e vcoês vem me seguindo....

2 comentários:

  1. eu amo manaus e o teatro amazonas. q saudades dessa cidade. nunca senti medo de assalto em manaus. beijos, pedrita

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  2. OI Pedrita
    Eu também não sentia, depois q vc passa pelo susto fica assim mesmo, mais logo passa.
    Ta com saudades, vem assitir o festival de opera começa agora em maio
    Bjão

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